Segundo especialistas, devido a guerra entre Rússia e Ucrânia o processo de transição na produção de energia para matrizes renováveis e limpas torna-se urgente, posto que 40% do abastecimento energético das nações europeias dependem do gás russo.
A tensão entre a Europa com a Rússia devido ao conflito, a crescente alta no preço do gás e do petróleo e o fato dos gasodutos que levam o combustível passarem pelo território da Ucrânia são os principais fatores que levam as nações europeias a buscar a sua “independência energética”.
O país mais acometido foi a Alemanha, após o desastre em Fukushima há onze anos, no governo de Angela Merkel, foi determinado que as usinas nucleares fossem descontinuadas até 2022 e em 2021 se deu o fechamento das termelétricas a carvão, tornando os alemães mais dependentes do suprimento russo. Por outro lado, intensificou-se os debates para acelerar a implementação de fontes alternativas, limpas e renováveis.
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No entanto, a curto prazo, no caso de uma interrupção repentina no fornecimento de gás e óleo russos, a Europa deverá recorrer ao carvão, extremamente poluente, e a energia proveniente de usinas nucleares que, apesar de limpa, não é renovável. Medida essa que diverge das diretrizes na diminuição gradual das fontes prejudiciais ao meio ambiente.
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A perspectiva é que mesmo diante desse impasse, os países europeus honrarão os compromissos firmados perante a Organização das Nações Unidas (ONU) para que sejam reduzidas, até 2050, as usinas emissoras de gases e as nucleares até que não sejam mais necessárias.
Como resultado das enunciações aqui expostas, unidades consumidoras em nível mundial serão afetadas pela subida de custos nas contas de energia. As previsões são que, no Reino Unido o valor da energia elétrica e o preço do combustível aumentem consideravelmente. No Estados Unidos, a gasolina alcançou o valor mais alto desde 2008. No Brasil, os consumidores sentirão o alto custo nos combustíveis, gasolina, diesel e gás doméstico. E, como já dito anteriormente, a Alemanha será forçada a procurar com urgência novos meios de produção energética.
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Devido a guerra, os estudos e investimentos focados em hidrogênio verde, no Brasil e no mundo, estão em processo de aceleramento e a longo prazo se tornará mais uma alternativa limpa de geração energética. Segundo Hugo Bohnen, especialista técnico de energias renováveis da Testari energia, “no Brasil, os estudos com H2 verde estão a todo vapor, o Ceará está à frente das pesquisas, devido a aliança acordada entre Brasil e Alemanha.”
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Em síntese, Marcos Dalecio, diretor técnico de energias renováveis da Testari Energia, conclui que: “inevitavelmente haverá uma transição para o fornecimento de energia de usinas emissoras de gases poluentes para a de geração limpa e renovável. Além de serem as melhores soluções para as questões ambientais, será o primeiro passo rumo a autossuficiência energética, especialmente, para os países europeus.”