O projeto Ilumina Pantanal tem a meta de garantir que haja energia elétrica a partir da fonte solar em um total de 2690 propriedades.
A primeira fase do projeto representou na instalação do sistema de energia fotovoltaica para 2090 unidades consumidoras.
O Estado já anunciou o início de uma segunda etapa, com a implantação de 600 novas ligações.
Geração compartilhada de energia solar: modalidades e benefícios
Dados do Incra, de 2018, indicam que o Pantanal possui 1180 pequenas propriedades, 864 médias, 1451 grandes, 12 latifúndios, o que totaliza 3507 propriedades particulares.
Energia Solar no Pantanal
Antes da implantação do Ilumina Pantanal, a energia para parte desses locais só existia com geradores movidos a diesel. Em outras situações, não havia sistema elétrico disponível.
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Para a realização do projeto, governo estadual, Energisa e Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) realizaram parcerias e um total de R$ 135 milhões estão sendo investidos.
Carbono Zero
A intenção de substituir o diesel como combustível para geração de energia em áreas distantes para o uso da energia solar também teve o foco de implantar a política de Estado Carbono Neutro, que pode contribuir na obtenção de recursos nacionais e internacionais no futuro.
Envolvido no projeto, o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, ressaltou que fora do Brasil, Mato Grosso do Sul tem sido reconhecido como o Estado do Pantanal.
Energia solar fotovoltaica no campo
Essa marca, conforme ele, precisa ser explorada para atrair investimentos. Verruck sinalizou que a proposta de utilizar a energia solar em propriedades no bioma reforça uma preocupação ambiental.
“Lá fora, o mundo olha para o Pantanal. As pessoas sabem o que é o Pantanal e que se trata da maior reserva da biosfera do mundo. Então era muito fácil você identificar para as pessoas. O Pantanal permitiu que o Mato Grosso do Sul tivesse uma identidade. Temos aqui uma parceria com a Energisa, o Concen (Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa MS) e o governo federal para que a gente tivesse o programa de energia solar. Tivemos que aprovar os recursos para este projeto na Aneel, no Ministério de Minas e Energia”, detalhou Jaime Verruck.
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O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) ressaltou que os investimentos no Pantanal vão contribuir para avanços no modo de vida de ribeirinhos.
“Na primeira fase foram entregues 2.090 propriedades e agora outras 600 novas vão receber o Ilumina Pantanal. É uma ampliação de um projeto que deu muito certo e estamos deixando para trás o uso do diesel nesses locais.”
Autoprodução de energia: benefícios e modalidades
O Ilumina Pantanal começou a ser desenhado em 2020, depois que o Ministério de Minas e Energia firmou termo de compromisso com a Energisa. A proposta foi universalizar o acesso à energia elétrica em Mato Grosso do Sul.
Municípios contemplados
A abrangência nesta primeira etapa compreende uma área de 90 mil km² nos municípios de Corumbá, Aquidauana, Coxim, Ladário, Porto Murtinho, Rio Verde e Miranda, com uma população de 5 mil habitantes.
Além do sistema de energia fotovoltaica, a proposta também instalou 77 ligações tradicionais. No total, 2167 propriedades receberam o fornecimento dentro do Programa de Eletrificação Rural.
O prêmio obtido com o programa foi o Solar & Storage Live 2021, que ocorreu na COP-26, realizada em Glasgow (Escócia). A Associação Internacional de Produtores de Energia Solar foi quem promoveu o prêmio.
Autoprodução e cogeração de energia: por que investir?
O sistema envolve a instalação de placar solares e uma bateria, que permite o armazenamento de boa parte da energia que é gerada. Com isso, os moradores do local onde há esse tipo de abastecimento conseguem utilizar a energia durante a noite e em dias chuvosos.
A bateria ainda não tem grande capacidade de armazenamento e novas tecnologias podem contribuir nesse processo, futuramente.